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domingo, 1 de agosto de 2010

Auto de notícia

As abluções domingueiras aconselham uma colheita de pensamentos originais, desalinhados, clarividentes. De uma circunspecção à prova de fogo. Por conseguinte, deveria destilar  para vós um brilhante silogismo, um naco de ironia. Uma posta de saber com provas dadas. Que se sustem à beira do abismo do auto convencimento. E porque não um voo poético de fazer inveja, uma carga certeira no bombo da festa do momento? Ou um feixe de luz para um sentido oculto? Ou até um casus belli desencantado onde ninguém esperaria? Sim, mas sem exageros. É preferível o xeque-mate numa polémica à beira da caducidade. Quando todos se preparam para a quietação do adiamento. Tudo isso. O exercício manso em modo de austeridade virtual. O mantra cibernético. A erudição prostituída. O cheirinho a obscuridade. Só porque sim. Ou porque não. A solidão entreaberta, desfeita e refeita. Contudo, por mais que tente, tudo redunda numa alquimia que não sai. Que se tornou improvável. Porque basta estender a mão e respirar.

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