As abluções domingueiras aconselham uma colheita de pensamentos originais, desalinhados, clarividentes, de uma circunspecção à prova de fogo. Por conseguinte, deveria destilar um brilhante silogismo, um naco de ironia, uma posta de saber com provas dadas, que se sustem à beira do abismo do auto convencimento, um vôo poético de fazer inveja, uma carga certeira no bombo da festa do momento, um feixe de luz para um sentido oculto, um casus belli desencantado onde ninguém esperaria, o xeque-mate numa polémica à beira da caducidade, tudo isso, o exercício de austeridade virtual, o mantra cibernético, a erudição prostituída, o cheirinho a obscuridade, só porque sim, ou porque não, a solidão desfeita e refeita. Contudo, por mais que tente, é a alquimia que não sai, que se tornou impossível, porque basta estender a mão e respirar.
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