Eis a parte nobre, o crème de la crème, digamos assim, do cardápio de chás deste vosso criado. O qual gostaria de apresentar aos leitores. Através de uma espécie de visita guiada, tão breve e sugestiva quanto possível. A acompanhar, nada melhor do que a degustação de uma chávena de Houjicha japonês, um tradicional chá verde torrado, muito suave. E enquanto a água vai aquecendo e, depois, arrefecendo até aos 85º, vou apresentando algumas das jóias da coroa: um sensacional Lapsang Souchong chinês, chá preto fumado com sabor a madeira perfumada; um Chá dos Beduínos egípcio, bebida aromatizada com menta e que bem podia ser o tal do deserto; um chá vermelho Pu-Ehr, muito utilizado na medicina chinesa como "comedor" de gorduras, antioxidante e anti infeccioso; um Oolong da Formosa, a partir de folhas semi-fermentadas, i.e., com um teor de teína entre o verde e o preto, não muito conhecido no Ocidente mas muito popular na China e extremo oriente; uma infusão de erva mate brasileira, conhecida pelas suas propriedades energéticas; um Black Chai e uma infusão de alcaçuz egípcia, que combinam várias especiarias como o gengibre, a canela, o cravinho, a pimenta e o cardomomo, no primeiro caso com chá preto do Ceilão e rooibos (vermelho) da Africa do Sul; o Gunpowder Zhu Cha, em folhas de chá verde enroladas em pequenas bolas, utilizado na preparação do chá de menta; por último, o inconfundível Matcha Uji, uma bebida tradicional japonesa preparada a partir de pó solúvel de chá verde Gyokuro, que lhe confere um característico tom esverdeado, a "espuma do jade líquido", como era cantado pelos poetas. Existe um ritual específico na sua preparação, de que fala Kakuzo Okakura, em "O Livro do Chá". Brevemente aqui desenvolverei o tema. E já está pronto. Sirvam-se!
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