Reflexões, notas, impressões, apontamentos, comentários, indicações, desabafos, interrogações, controvérsias, flatulências, curiosidades, citações, viagens, memórias, notícias, perdições, esboços, experimentações, pesquisas, excitações, silêncios.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Contraponto (4)

"O que um gajo escreve é sempre invenção." Palavras de Luiz Pacheco na sua última entrevista publicada, aos jornalistas Ricardo Nabais e Vladimiro Nunes, do semanário "Sol". Às tantas, lança o camafeu, imagino que com ar canalha: "Um gajo fica deitado na cama. E a gaja faz-lhe o broche. Até aí, é como o outro. É trivial. Mas de repente é de pino: a cama está encostada à parede, ela faz o pino, abocanha, apoia os pés na parede, está para ali a funcionar e um gajo à espera que ela de repente caia, porque tem uma mão apoiada na cama. Um gajo, se pensa, começa a ver o perigo que aquilo é. Se ela, de repente, se chateia, perde o equilíbrio, e lá vai… Mas isto são coisas que saem, porque um tipo não está a fazer pose." Bom, leiam a entrevista, porque vale mesmo a pena. E talvez (re)descubram a identidade literária de Luiz Pacheco como uma invenção impar.

Ver anterior

Sem comentários:

Enviar um comentário