Clara Ferreira Alves é a pitonisa oficial do regime. Destila oráculos atrás de oráculos sobre personalidades públicas, sobre a situação política aquém e além fronteiras, em especial o conflito israelo-palestiniano, sobre grandezas sociológicas e literárias. Clara Ferreira Alves é muito lida. Adora Graham Greene. Viaja bué. Já quis escrever um romance, mas ficou-se como eterna cronista no "Expresso". Onde vai fazendo e desfazendo reputações, tendências, gostos. Distribuindo estrelinhas e fel pela populaça. Não se lhe conhece obra publicada, prosa com fôlego, a não ser uma recolha das suas crónicas ("Pluma Caprichosa", D. Quixote, 2001). Mas fossem vivos Eça e Ramalho, não lhe poupavam umas bandarilhas na sua ilustração de encher o olho. Clara Ferreira Alves é eximia na insinuação de si própria. É a elegível crónica do stablishment, nas várias "situações" em que este se vai travestindo. Uma vez, chegou mesmo à categoria de "santanete" de luxo, em 2004. Na altura, promovida a directora da Casa Fernando Pessoa, aí pôde passear o seu vasto saber e a sua intuição magnânima. Pouco antes, esteve quase quase a aceitar o convite para dirigir o DN. Mas a senhora padece de uma ingratidão desmedida. Agora veio afirmar, acerca do seu ex-protector, que o homem Não estuda, não se prepara, não sabe decidir ("Eixo do Mal", na SIC-N). Na mesma altura em que, adivinhem, irá ser a entrevistadora oficial do compagnon de route Mário Soares, num programa que irá para o ar na RTP. Do you know what I mean? Humm, Humm! Nuts, nuts! Enfim, tudo indica que VPV acertou na mouche, mais uma vez.
É engraçado ver estas pessoas sem darem nunca conta da sua fatuidade...
ResponderEliminarA história da literatura portuguesa vai-lhe dedicar uma nota de rodapé. Não por ela, mas por algumas entrevistas que fez...
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