Na semana passada regressei a Sintra, por uma tarde. Na continuação do episódio caricato que revela o funcionamento da Justiça e que aqui relatei. Neste caso, não sei se tem a ver com insegurança dos magistrados, atribuível ao início de carreira. Ou ao próprio funcionamento caótico daquele Tribunal. Ambos o magistrados eram mulheres. E isso pode explicar muita coisa: mostrar um excesso de zelo defensivo pode ser o melhor argumento para a irrepreensibilidade na carreira. Mas é péssimo para a aplicação equilibrada da Justiça. É claro que, mais uma vez, a audiência foi suspensa. Desta vez porque, ao contrário da primeira, não estavam presentes duas testemunhas. E mesmo assim não se deu início à sessão. Agora que houve duas faltas, isso já constituiu motivo para a continuação! E nada pude fazer, pois o MP não prescindiu delas.
O melhor de tudo foi o diálogo interessante que mantive com um casal de franceses, no comboio para Sintra. Às tantas resolveram perguntar-me qual era o primeiro nome do "président de la Comission" Barroso. Lá os elucidei, e ainda que, quando foi nomeado, vinha de ocupar o cargo de PM e não de Ministro dos NE, como pensavam. Um "libérrrral?" Percebendo que esta palavra tem em Portugal uma conotação que não tem no resto da Europa, respondi que não, não senhor, porque no nosso país há uma tradição omnipresente do Estado em todos os domínios e, como tal, ainda é muito cedo para um verdadeiro liberal chegar a PM. A conversa prosseguiu com as eleições presidenciais em França. Questionei-os se o outsider Bouvet, o conhecido activista anti-globalização e pela "cozinha lenta" sempre faria a campanha da prisão. Fiquei a saber que esse episódio foi deliberadamente empolado por si para aumentar a simpatia do eleitorado, mas que, em rigor, a sua popularidade é escassa. A tarde estava chuvosa e nublada. Ao despedir-me, após algumas algumas sugestões de visita, felicitei-os porque "escolheram" o tempo certo para se descobrir Sintra.
O melhor de tudo foi o diálogo interessante que mantive com um casal de franceses, no comboio para Sintra. Às tantas resolveram perguntar-me qual era o primeiro nome do "président de la Comission" Barroso. Lá os elucidei, e ainda que, quando foi nomeado, vinha de ocupar o cargo de PM e não de Ministro dos NE, como pensavam. Um "libérrrral?" Percebendo que esta palavra tem em Portugal uma conotação que não tem no resto da Europa, respondi que não, não senhor, porque no nosso país há uma tradição omnipresente do Estado em todos os domínios e, como tal, ainda é muito cedo para um verdadeiro liberal chegar a PM. A conversa prosseguiu com as eleições presidenciais em França. Questionei-os se o outsider Bouvet, o conhecido activista anti-globalização e pela "cozinha lenta" sempre faria a campanha da prisão. Fiquei a saber que esse episódio foi deliberadamente empolado por si para aumentar a simpatia do eleitorado, mas que, em rigor, a sua popularidade é escassa. A tarde estava chuvosa e nublada. Ao despedir-me, após algumas algumas sugestões de visita, felicitei-os porque "escolheram" o tempo certo para se descobrir Sintra.
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