Era o muro que atravessava o terreno. Dali até aqui. Podia ouvir a mensagem da voz pertencente a ti mesmo e a minha absorvia o eco da tua. “Onde vives”. Perguntavas. “Deste lado”. Respondia.
Continuámos encostados à parede inerte, pressentindo a vida do outro lado. “Onde estás?”. “Estou aqui”.
Continuámos encostados à parede inerte, pressentindo a vida do outro lado. “Onde estás?”. “Estou aqui”.
Hoje é domingo e amanhã é domingo. Apenas para mim. Hoje agi como no domingo se age e era sábado. Nada de confusões. Falhei um dia porque deixei de olhar para o calendário. Por isso deixei de ter um domingo completo nesta semana. Quando andava na rua avançava como se fosse domingo e fez toda a diferença. Domingo adiantado. Domingo por repetir. Amanhã vou ter outro domingo. E o sábado só ficou retrocedido às 7 horas da tarde. Não à hora que despontou para todos os outros. A razão para o retrocesso. O sítio certo à hora certa no dia errado. Amanhã o sítio certo à hora certa no dia finalmente certo. Domingo perdido. Intemporal. Identificado e novamente perdido. Mas só amanhã.
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O Gil, pelos vistos andas em forma.
ResponderEliminarAbraço
podia ser outro crime exmplar. lol.
ResponderEliminargostei
Também já tive dias assim
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