VILA SOEIRO – Ervas
Ela pôs-se a atirar tudo pela janela. Depois começou a falar muito, depressa, sem cessar, até parar. Um dia, puseram-lhe nas mãos lápis de cores e colocaram diante dela uma folha de papel. Inerte, ela traça, distraída, alguns pontos e riscos, e depois, sem parar, flores, flores sem suporte. Flores de corolas simples, flores oferendas, flores de nascimento, flores tingidas de inocência. Muitas, muitas. Palavras, nenhumas, nunca mais. Flores é a sua única resposta. Flores, flores, flores.
Olá.
ResponderEliminarReparei que este texto faz parte de uma série. Isto foi feito em especial para ser editado no blogue, ou destinou-se a outro fim?
Felicidades.