Reflexões, notas, impressões, apontamentos, comentários, indicações, desabafos, interrogações, controvérsias, flatulências, curiosidades, citações, viagens, memórias, notícias, perdições, esboços, experimentações, pesquisas, excitações, silêncios.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A torre e a feira

Em relação às novas redes sociais do momento, tenho algumas reservas, como é sabido. Que não nascem, creio, do preconceito ou do arcaísmo. É bom que fique claro: não duvido de todo das suas potencialidades intrínsecas, do seu poder mobilizador, das infinitas possibilidades de comunicação. A questão radica noutras águas: sempre busquei a perplexidade e o conhecimento no silêncio. No silêncio que repousa da agitação e a busca de novo. Ou seja, a realidade física e a torre do castelo de Montaigne como duas faces da mesma moeda. Sem intermediários virtuais. Portanto, organizar um pensamento dá muito trabalho. Mas ter muitos ideias, e espalhá-las como cascas de tremoços, até um papagaio consegue. A sofreguidão informativa que se vê no Twitter e no Facebook fazem temer o pior. O frenesi comunicacional é muitas vezes sinónimo de um vazio que não se quer reconhecer. Será mesmo que essas redes são veículos de partilha de conhecimento? Tenho sérias dúvidas. A revolução operada pelas redes sociais só faz sentido se elas forem encaradas como o terceiro elemento instrumental, a concha do peregrino, o meio congregador. Ou seja, o pretexto, nunca o tema. Ora, nestes assuntos fica sempre bem contar uma história. Ainda agora recebi, através do Facebook, uma mensagem convidado-me a integrar aquio que me pareceu ser o "grupo do soutien". Eh lá! Parei tudo o que estava a fazer, claro. Abri o link e, afinal, era um convite para aderir ao grupo de "soutien (apoio) aux refórmes de Valérie Pécresse", jornalista do canal "Arrêt sur images", entidade a que já aqui fiz referência. Afinal, um fórum de discussão política que me pareceu interessante e onde dá para desenferrujar o francês. Nada, portanto, de lingerie e temas associados...

2 comentários:

  1. ah ah ah ah... pesarosa pela tua desilusão, não posso deixar de te contar o seguinte, e é curiosa a coincidência: hoje pela primeira vez aderi ao facebook, e tenho sido uma resitente ao longo dos meses, mesmo sob alguma chuva de convites que me eram endereçados. O que me fez mudar de ideia então? Há anos que procurava uma amiga q vivia na Dinamarca e de quem tinha perdido o contacto. Mas procurei-a mesmo!! Através de amigos comuns, enviei cartas que me eram devolvidas, procurei na internet.... foram 14 anos! Hoje, ao pesquisar mais uma vez encontrei-a!! onde? Aí, no facebook!! E restabelecei uma amizade que me foi sempre cara e que a saudade agudizou e o tempo não minou!! Foi hoje!!:)) Prometo que um dia destes pensarei sobre o assunto das redes sociais, talvez até intelectualize qualquer coisa (ehe eh) , mas hoje no calor da minha emoção do reencontro só me ocorre bradar: ainda bem que existem estas redes!!!!!!!!!
    Um beijo para ti, até breve
    Sílvia

    ResponderEliminar
  2. Pois sim senhor, mas a verdadeé que aproximam. E ainda que só a isto se resumissem, já me pareceriam bem valiosas...

    ResponderEliminar