Estou agora a descobrir as potencialidades do Twitter, o novo blockbuster das redes sociais. A plataforma funciona como um alimentador de feeds, gerados entre subscritores registados. A ferramenta popularizou-se tal forma que hoje se tornou o grande acontecimento de massas da web 2.0. No entanto, ainda tenho algumas dificuldades em adaptar-me a uma novilíngua instantânea, limitada a 140 caracteres, onde o narcisismo se torna mais visível do que na blogosfera. No fundo, o Twitter é a versão geek dos diários e cadernos de notas que muitos de nós já manteve durante periodos da sua vida. Só que, se antes o destino era a gaveta, agora são comunicados em tempo real e potencialmente globalizados. Uma situação próxima da "Zona de Autonomia Temporária", do visionário Hakim Bey. Ou seja, uma estrutura comunicacional aberta, alternativa e horizontal, suporte da Rede. Mas há que ter algum cuidado. Há quem confunda o Twitter com o Hi5 ou com um chat. Por isso mesmo, há que ter um certo cuidado nos links que se cruzam. No entanto, continuo a pensar que esta plataforma, se pode fomentar a troca e o enlace de afinidades, não substitui a comoção de uma paisagem ou de um gesto, do que é indizível por natureza.
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