O caso Freeport não foi, até agora, objecto de nenhum comentário neste blogue. Porém, os recentes desenvolvimentos da história colocam-na onde esparava encontrá-la. Passo a explicar. A intuição desde cedo me levou a determinar qual o verdadeiro interesse deste episódio: menos os resultados judiciais do que, a pretexto deles, a revelação da teia de promiscuidade entre os vários poderes, de facto ou de direito, sendo alguns deles ocultos. Ou seja, quais os actores do lobby endogâmico, da teia de interesses que opera sobretudo na área da Justiça, no interior da constelação PS. Afinal, a intuição estava certa. É o que acaba de confirmar um notável artigo de Clara Viana, saído no "Público" de 4 de Fevereiro. Que poderá ser lido no site do jornal, ou, à cautela, também editado aqui. A peça começa da melhor maneira: "Os Governos de António Guterres funcionaram como epicentro, mas não só. De algum modo, no processo Freeport, investigadores e investigados cruzaram-se ali. Um deles teria sido escolhido para substituir Souto de Moura. Amizades? Ressentimentos? Coincidências? Um retrato de um mundo pequeno, num pequeno país." Pois bem. Segue-se mais informação detalhada sobre a participação no caso de uma série de personalidades dessa constelação. Começando pela coordenadora do DCIAP, Cândida Almeida. Com especial enfoque numa célebre reunião, na sede do Eurojust, em Novembro último. Onde as autoridades britânicas deram a conhecer às portuguesas a existência do DVD incriminatório. Nessas reunião, estiveram igualmente presentes algumas das figuras escrutinadas no artigo. Pelos vistos, a festa ainda mal começou...
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