Ao que parece, no passado fim de semana decorreu na Guarda a
segunda edição da festa da abóbora. Que é anunciada como representando as genuínas tradições locais. Perguntei a dois antropólogos se tinham noticia desta prática festiva na região. A resposta, como é de prever, foi negativa. Portanto, trata-se de uma tentativa de macaquear uma tradição genuinamente anglo-saxónica, sem qualquer expressão entre nós. Lá que importem o que existe de bom por lá - o respeito pelas liberdades, a meritocracia, o primado da lei, o controle mútuo entre os vários poderes - não me importo absolutamente nada. Agora que tentem impingir gato por lebre, já me importo e muito. Por outro lado, segundo me relataram, os "festejos" limitaram-se a reproduzir,
grosso modo, o modelo seguido no desfile do Galo do Entrudo, essa sim, uma verdadeira tradição. Com umas bizarrias tipo comboio fantasma pelo meio. Os responsáveis camarários acham que é disto que o povo eleitor gosta. E as milícias populares anti-elitistas rejubilam. Evoeh! Evoeh! Bem fiz eu em demandar outras paragens durante o fim de semana. Com uma visita ao IV Salão Erótico de Lisboa pelo meio. E que ricas bruxas por lá havia!
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