Descobri recentemente o Google Chrome, versão beta. Trata-se do primeiro browser do gigante da web, lançado na primeira semana de Setembro e também disponível em português europeu. Quando o usei pela primeira vez, pensava destiná-lo à estante das segundas escolhas que às vezes dão jeito, na secção dos browsers light. O que significaria que o Firefox continuaria de pedra e cal e o "canastrão" IE lá estaria para aquelas situações incontornáveis. Adivinhava uma chuva de críticas às imperfeições da nova plataforma, às falhas fatais, aos pormenores indesculpáveis. Pois bem, dois dias foi quanto bastou para mudar de ideias! É que o Chrome, contra todas as expectativas, passou com distinção! Por várias razões. A primeira é a dimensão considerável da janela de visualização. Depois, a apresentação gráfica é muito elegante, com animações e botões qb e uma funcional página inicial. O design busca a facilidade de utilização, acesso simplificado aos marcadores e às várias janelas abertas. Mas há duas importantes inovações que, só por si, justificam o uso do Chrome. A primeira é a possibilidade de abrir uma janela de navegação em modo "sem registo". Tal significa que a navegação através dessa janela não deixará quaisquer traços no computador, incluindo cookies. O que não quer dizer o mesmo que navegar anonimamente, pois nesse caso é necessária a ligação a um servidor proxy. A outra novidade é o facto de a caixa onde se digita o endereço da página pretendida funcionar também como motor de busca. O que, na prática, quer dizer que basta digitar uma ou dois termos de busca e o Chrome compõe imediatamente várias opções de endereços no scroll bar. Com a possibilidade de aceder imediatamente ao histórico que contenha a expressão digitada. No entanto, há duas notas negativas: 1º a inexistência de um corrector ortográfico integrado, à semelhança do Firefox. 2º a inexplicável ausência, por defeito, do botão que direcciona para a home page. Para figurar na barra de ferramentas, tem que se seleccionar expressamente essa opção nas configurações. Mesmo assim, uma coisa é certa: nunca navegar foi tão fácil.
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