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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O gabinete sombra

Ontem à noite, durante uma épica noitada a cirandar pelos dois ou três bares que valem a pena na cidade, ouvi a solução perfeita para o futuro do país. Até pedi para me repetirem a fórmula, tal a sua simplicidade e eficácia. Seria então assim. Para governar o nosso país, a comissão europeia nomeava um gabinete de gestão, com poderes legislativo e executivo, embora com perfil think tank, constituído por profissionais de topo (economistas, gestores, técnicos, académicos), oriundos de outros países da União Europeia. Nenhum desses elementos poderia ter interesses ou familiares até ao 5º grau no nosso país, condição essencial para evitar as tentações que bem se conhecem. Essa era a ideia. À qual acrescento agora o seguinte: que esse gabinete teria um mandato com a duração de 5 anos e responderia, directa e exclusivamente, perante Bruxelas; a Constituição seria suspensa, na parte relativa à organização do poder político; seriam suprimidos o Presidente da República, o Governo, os governos regionais e os órgãos autárquicos; o parlamento manter-se-ia em funções, mas somente como órgão consultivo.; os partidos políticos seriam dissolvidos e os seus dirigentes fariam serviço cívico algures em teatros de guerra à sua escolha; grande parte dos autarcas trabalhariam compulsivamente, como trolhas, num estaleiro à sua escolha, durante dois anos. Estou convencido que só desta forma expedita Portugal se tornaria um país competitivo, igualitário e realmente desenvolvido. Tudo o resto são papas e bolos para enganar os tolos.

2 comentários:

  1. os anarcas concordam. Mas olha, e as meninas?

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  2. concordo plenamente: despedimento colectivo dos políticos.

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