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terça-feira, 27 de maio de 2008

O terceiro mundo


A lusa feira cabisbaixa tem assistido ao napalm informativo acerca das atribulações da chegada de Cristiano Ronaldo, Deco, do contratempo de Pepe, das iguarias gastronómicas preparadas para os jogadores, as respectivas playlists em detalhe, o porquê de cinco capitães, os esquemas tácticos a seguir pelo "mister" Scolari, com a ajuda da Nossa Senhora de Caravaggio, o Ruas, eterno edil viseense (bimbo mais bimbo não há, embora recentemente alguém lhe tenha ensinado boas maneiras e como comportar-se à mesa, para a manobra de charme propagandística na Casa do Dão, louvando a "obra feita" na terrinha) afirmando a pés juntos que a taxa de disponibildade - o sucedâneo do aluguer dos contadores - que as autarquias querem fazer desembolsar aos consumidores está prevista na lei, o que fez o jogador x ao pequeno-almoço e quantos telefonemas fez o y, quem lá foi cumprimentá-los, se Nuno Gomes, o ponta de lança cataléptico que "joga bem de costas" e marcou três golos este ano, vai ou não ser titular, o patusco sempre em pé Madail a fintar os papalvos e encantar a populaça com a sua retórica de marisqueira, o "desenrolar" dos treinos, o "entusiasmo popular à volta da selecção das quinas", o bitaite avulso, o "indice físico" dos bravos, a ementa dos próximos dias, o circo, o circo, o circo ad nauseum. Entretanto, soube-se que Portugal é o país da U.E. com maiores desigualdades sociais. Mas enquanto houver bola e parola... não é Cesariny?

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