Reflexões, notas, impressões, apontamentos, comentários, indicações, desabafos, interrogações, controvérsias, flatulências, curiosidades, citações, viagens, memórias, notícias, perdições, esboços, experimentações, pesquisas, excitações, silêncios.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Começar e acabar (1)

Há dois anos atrás, a American Book Review recenseou as 100 melhores frases de início de romances. A esta iniciativa seguiu-se, recentemente, como seria lógico, o seu contraponto, i.e., as 100 melhores frases de encerramento de romances (pdf). A título pessoal, destacaria, de entre as primeiras, três momentos raros:

1- "Todas as famílias felizes se parecem umas com as outras, cada família infeliz é infeliz à sua maneira."
Lev Tolstoi, Anna Karénina, Relógio D'Água
2- "Através da cerca, por entre os intervalos das pétalas encaracoladas, eu via-os a dar tacadas."
William Faulkner, O som e a fúria, Dom Quixote, 1999
3 - "Alguém devia ter difamado Josef K., pois, certa manhã, sem que tivesse feito qualquer mal, foi preso"
Franz Kafka, O Processo, Assírio & Alvim, 1999

7 comentários:

  1. Acrescentaria o início de Moby Dick que também é ótimo. À propósito de William Faulkner, escrevi uma resenha em meu blog sobre "O Som e a Fúria", gostaria de convidá-lo para saber sua opinião.

    ResponderEliminar
  2. "O eterno retorno é uma ideia misteriosa de Nietzsche que, com ela, conseguiu dificultar a vida a não poucos filósofos: pensar que, um dia, tudo o que se viveu se há-de repetir outra vez e que essa repetição se há-de repetir ainda uma e outra vez, até ao infinito!"
    Milan Kundera, A insustentável Leveza do ser

    ResponderEliminar
  3. Kovacs, já deixei um comentário à análise que postou no seu excelente blogue.

    D. Surgy, citou um livro que durante um Verão tomou conta de mim. Talvez se repita, quem sabe...

    ResponderEliminar
  4. Caro Godgil,

    Li este livro quando tinha vinte anos, reli aos vinte e muitos e novamente aos trinta e tal.
    De todas as vezes sempre um livro novo... ou melhor... o mesmo livro, uma nova prespectiva.
    Se eu fosse a si, repetia!

    ResponderEliminar
  5. Se deixei uma primeira frase, queria também deixar uma última:
    "E que Deus não te dê a paz, mas, sim, a glória!"
    Miguel de Unamuno, Do Sentimento Trágico da Vida

    ResponderEliminar
  6. António, muito obrigado pelo rico comentário que deixou no meu mundo. Tomei a liberdade de adicionar um link para a sua página.

    ResponderEliminar
  7. dulce surgy:

    Também gosto muito do Miguel de Unamuno.

    kovacs:

    fiz o mesmo nos meus links, não só pela reciprocidade mas pela qualidade do que vi no seu blogue.

    ResponderEliminar