Este blogue está de luto. Tal como deveriam estar todos aqueles que amam a língua portuguesa e se sentem ultrajados com expedientes de realpolitik rasteira. Foi aprovado na A.R. o segundo protocolo do Acordo Ortográfico. A reboque dos interesses comerciais e diplomáticos do estado brasileiro, meia dúzia de deputados acaba de trair oitocentos anos de história e o maior activo da cultura nacional, a língua. E fizeram-no contra a vontade da larga maioria do povo português e dos especialistas. Espero agora que todos eles, deputados, malacas casteleiros, carlos reis, pintos ribeiros, epifânios e os "multiculturalistas" de catálogo habituais, peguem na trouxa e vão passar umas férias ao país a quem fizeram o frete. Só com bilhete de ida, é claro! Este acordo irá levantar sérios problemas técnicos, científicos, sociais, económicos, que nunca foram discutidos publicamente com seriedade.
Pela parte que me toca, NUNCA irei escrever uma palavra que seja de acordo com a novilíngua sub-brasileira. Irei invocar - e já estou a trabalhar nisso do ponto de vista jurídico - o estatuto de objector de consciência. A desobediência civil estará na segunda linha. Uma coisa é certa: enquanto estiverem em funções ou forem candidatos os deputados que votaram a favor, nunca mais irei votar em eleições legislativas. É claro que vou apurar o nome de toda essa colecção de coliformes fecais nas actas da A.R.
Nota: Manuel Alegre, mais uma vez, e Zita Seabra, com alguma surpresa, destoaram da apagada e vil traição.
Pela parte que me toca, NUNCA irei escrever uma palavra que seja de acordo com a novilíngua sub-brasileira. Irei invocar - e já estou a trabalhar nisso do ponto de vista jurídico - o estatuto de objector de consciência. A desobediência civil estará na segunda linha. Uma coisa é certa: enquanto estiverem em funções ou forem candidatos os deputados que votaram a favor, nunca mais irei votar em eleições legislativas. É claro que vou apurar o nome de toda essa colecção de coliformes fecais nas actas da A.R.
Nota: Manuel Alegre, mais uma vez, e Zita Seabra, com alguma surpresa, destoaram da apagada e vil traição.
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