O "Público" acabou de atingir a maioridade. Foi ontem. Com todo o merecimento, diga-se. Que continue, por muitos anos, a ser a referência incontornável do jornalismo independente no nosso país. O momentum foi celebrado com a pompa da circunstância: uma edição especial, sendo director "por um dia" Pacheco Pereira, que vale a pena ler: as crónicas de Rui Ramos (Homem ao Mar, um texto memorável, sobre o naufrágio de L. F. Menezes) Helena Matos e Rui Tavares, o artigo de Miguel Esteves Cardoso sobre o que mais odeia no jornal e a reportagem sobre o dia de JPP como director. O qual faz questão de contar a "anatomia de um casino e a história de um Ferrari". Ah, e também o número especial da revista P2 (ainda sem a versão online) com um grafismo completamente renovado e conteúdos sumarentos. Fotografias dos "Objectos e situações que mudaram a nossa vida nos últimos 18 anos" (resultado de uma votação online), entremeadas por crónicas, à propos, de alguns colunistas residentes, era o prato forte da publicação. Louva-se também que, por um dia, os artigos de opinião estivessem disponíveis para não assinantes.