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quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A lota continua

A FENPROF, através da sua sucursal na zona Centro, alcançou as primeiras páginas dos jornais e já obrigou o Governo a dar explicações. Em poucas linhas, o que é a Fenprof? Uma estrutura satélite do PCP, amarrada à sua agenda política, onde alguns burocratas fazem carreira, aproveitando-se das leis demasiado permissivas que temos nessa matéria. Raramente defende os verdadeiros interesses de quem diz representar, mas tão só os próprios: um módico de visibilidade, integrar um frentismo desde sempre cavalo de batalha do PCP, um caderno de reivindicações irrealista e demagógico. A Fenprof é uma típica força do bloqueio. Defende o estado insustentável em que caiu o ensino, desde que isso envolva a continuação do laxismo e das regalias dos seus quadros e da minoria dos docentes que alinham nesta estratégia. Aliás, quem confiaria a educação dos seus filhos a supostos educadores que se mobilizam para insultar? Em suma, para além do umbigo e do agit-pop sazonal, nada mais interessa à direcção da Fenprof. As recentes "acções de luta" para insultar o Primeiro Ministro, em Montemor-o-Velho e na Covilhã, com palavras de ordem como "Fascismo nunca Mais", dizem tudo acerca do onanismo intelectual em que caíram os sindicatos afectos à CGTP. Que se limitam a uma reacção pavloviana, irresponsável e demagógica, face às reformas que o Governo empreende - umas discutíveis, outras acertadas - para salvar o Estado Social. E não olhando a meios para mediatizar a sua "luta", nem que seja através da vitimização. Por outro lado, a acção da PSP parece mais destinada a intimidar do que a fiscalizar o cumprimento da lei (DL nº 406/74, de 29/8). Devida em grande parte a um excesso de zelo da governadora-civil de Castelo Branco. Havendo ou não abuso de autoridade, a notícia deu os trunfos necessários ao PCp, e em em especial à CGTP, para arregimentar as massas nas próximas "jornadas de luta". Estruturas como a Fenprof representam o imobilismo militante e autista de certa esquerda. Aquele que vê nos portugueses 10 milhões de assistencializados à espera do Estado, e não cidadãos a quem deve ser deixado espaço para a iniciativa e responsabilidade pessoais.

5 comentários:

  1. Ao que parece, aconteceu que dois polícias estiveram a conversar com um funcionário do sindicato e foi este que os informou por sua iniciativa sobre o que se ia a passar...
    Enfim, só lamento aqueles que realmente estão mal e não têm ninguém que os defenda.

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  2. O PCP conseguiu o que queria: fabricar um facto político...

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  3. Não sei se repararam, mas o gajo da fotografia sou eu. Fiz uma aposta em como era capaz de me infiltrar no meio dos comunas...lolol

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  4. Gostei de ver a balbúrdia que a visita de dois polícias causou no mundo político...

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  5. Não seria altura de alterar a lei em vigor (que refere) de 74?

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