Como se esperava, António Costa ganhou em Lisboa. Recolheu 57 907 votos - representando 29,5 por cento dos sufrágios expressos - o que lhe permitiu conquistar 6 mandatos, ficando a 3 da desejada maioria absoluta. Também no seguimento das expectativas dos analistas, a abstenção foi a mais alta de sempre em actos similares: 62,61. De registar igualmente alguns resultados relevantes:
1º a votação expressiva na candidatura de Helena Roseta - 10,2% - alcançando 2 mandatos e o quarto lugar, à frente de três forças políticas com representação na autarquia.
2º o desaparecimento no executivo camarário do PP, que, entre outras razões, terá lamentado a ausência de Nogueira Pinto.
3º a esperada eleição do "Zé". Mesmo assim, o candidato apoiado pelo BE teve menos 9 000 votos do que nas eleições de 2005.
4º a votação conseguida por Carmona Rodrigues (16,7%). Foi a o reverso da moeda do resultado medíocre de Fernando Negrão, que ultrapassou em número de votos, mas empatando em mandatos.
Sobram alguns pontos de reflexão:
1º Como irá o executivo camarário articular-se com a Assembleia Municipal - cuja composição é substancialmente diferente - até 2009?
2º Que conclusões retirará o PSD desta eleição, perante o paradoxo de o partido ter sido mais penalizado do que o anterior presidente, que apoiou?
3º Como irá Costa gerir a previsível tentação do aparelho partidário em governamentalizar a autarquia?
4º Que tipo de coligações (e sobretudo com quem) fará o PS para garantir a maioria absoluta no executivo. É mais do que óbvio que as mais fáceis não são as mais desejadas e as mais desejadas não são as mais fáceis.
Por último, parece que o PS se especializou em turismo interno no segmento da 3ª idade. À míngua de apoiantes alfacinhas, foi o que se viu em todas as estações televisivas: toca de fretar os tradicionais autocarros e o Altis encheu-se, como por milagre, de anciãos de Cabeceiras de Basto, do Alandroal e do Teixoso, entre outras localidades. Alguns até pararam em Fátima, de permeio. Isto não lhes faz lembrar algo?
1º a votação expressiva na candidatura de Helena Roseta - 10,2% - alcançando 2 mandatos e o quarto lugar, à frente de três forças políticas com representação na autarquia.
2º o desaparecimento no executivo camarário do PP, que, entre outras razões, terá lamentado a ausência de Nogueira Pinto.
3º a esperada eleição do "Zé". Mesmo assim, o candidato apoiado pelo BE teve menos 9 000 votos do que nas eleições de 2005.
4º a votação conseguida por Carmona Rodrigues (16,7%). Foi a o reverso da moeda do resultado medíocre de Fernando Negrão, que ultrapassou em número de votos, mas empatando em mandatos.
Sobram alguns pontos de reflexão:
1º Como irá o executivo camarário articular-se com a Assembleia Municipal - cuja composição é substancialmente diferente - até 2009?
2º Que conclusões retirará o PSD desta eleição, perante o paradoxo de o partido ter sido mais penalizado do que o anterior presidente, que apoiou?
3º Como irá Costa gerir a previsível tentação do aparelho partidário em governamentalizar a autarquia?
4º Que tipo de coligações (e sobretudo com quem) fará o PS para garantir a maioria absoluta no executivo. É mais do que óbvio que as mais fáceis não são as mais desejadas e as mais desejadas não são as mais fáceis.
Por último, parece que o PS se especializou em turismo interno no segmento da 3ª idade. À míngua de apoiantes alfacinhas, foi o que se viu em todas as estações televisivas: toca de fretar os tradicionais autocarros e o Altis encheu-se, como por milagre, de anciãos de Cabeceiras de Basto, do Alandroal e do Teixoso, entre outras localidades. Alguns até pararam em Fátima, de permeio. Isto não lhes faz lembrar algo?
Os observadores e as estruturas deviam era preocupar-se com os números da abstenção e com o fim do exclusivo da representação política pelos partidos. Pelo contrário, os cidadãos deviam era congratular-se com isso. Libertar a sociedade da tutela dos partidos será o maior conquista realmente democrática das últimas décadas no nosso país.
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