Comentando esta minha postagem, acerca das eleições intercalares em Lisboa, escreveu um leitor: " Os observadores e as estruturas partidárias deviam era preocupar-se com os números da abstenção e com o fim do exclusivo da representação política pelos partidos. Pelo contrário, os cidadãos deviam era congratular-se com isso. Libertar a sociedade da tutela dos partidos será o maior conquista realmente democrática das últimas décadas no nosso país." Efectivamente, o monopólio da representação política pelos partidos vai acabar. É só uma questão de tempo. Assistimos actualmente ao início do processo. Neste sentido, com o tom redundante que lhe é peculiar, escreve Rui Ramos no "Público" de hoje o seguinte, numa crónica intitulada "O Lago de Shiva":
"Contaram-me em Katmandu que no Pashupatinath, o maio dos templos dedicados a Shiva na cidade, há um lago, vedado a toda a gente, cuja superfície mostra a quem para ela olhar o modo como vai morrer. Lembrei-me desse lago, a propósito das eleições intercalares em Lisboa. Porque elas foram o lago de Shiva do sistema político português: não o fim, mas a antevisão do fim. Não sabemos ainda quando o actual regime de partidos vai acabar. Mas ficámos a saber como vai acabar."
"Contaram-me em Katmandu que no Pashupatinath, o maio dos templos dedicados a Shiva na cidade, há um lago, vedado a toda a gente, cuja superfície mostra a quem para ela olhar o modo como vai morrer. Lembrei-me desse lago, a propósito das eleições intercalares em Lisboa. Porque elas foram o lago de Shiva do sistema político português: não o fim, mas a antevisão do fim. Não sabemos ainda quando o actual regime de partidos vai acabar. Mas ficámos a saber como vai acabar."
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