Parto. Adentro-me em território estranho, a escrita do outro. Meu desígnio é perder-me, ser assaltado, despojado da língua, a materna. Não abdico de um pouco de broa da memória, mas preferirei colher as amoras que os atalhos da leitura me oferecerem. Seguirei o rasto dos seres rebeldes e ariscos, que se escondem furtivamente à passagem das caravanas oficiais. Procurarei abrigar-me à sombra da vida clandestina do texto. Espero a metamorfose do convívio com os salteadores, os raros e os mendigos . Minha glória será não me reconhecerem à chegada.
Assim meditou. Depois, debruçou-se sobre o livro, e leu.
Assim meditou. Depois, debruçou-se sobre o livro, e leu.
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