Em Doroteia, Marco Polo descobre, na voz de um condutor de camelos, que a manhã da liberdade total só é algo na escassa realização do possível.
Em Fedora, Marco Polo descobre para além da cidade real (isto é, a que advém incessantemente e por isso imperfeita), a cidade ideal (isto é, todas as cidades possíveis tornadas impossíveis na escolha). O museu de Fedora é, então, tal como os museus de todas as cidades, o lugar da nostalgia; mas não o lugar das escolhas irreversíveis, como os demais; antes o lugar da nostalgia de um futuro que nunca existirá, dos desejos perdidos por caprichos do destino.
Curiosamente, Marco Polo acaba por compreender (o que revela a Kublai Khan) que ambas as cidades - a real e a ideal - se sustentam: somos quer os desejos frustrados do passado, quer os desejos impossíveis do futuro. E algo entre, talvez.
Em Fedora, Marco Polo descobre para além da cidade real (isto é, a que advém incessantemente e por isso imperfeita), a cidade ideal (isto é, todas as cidades possíveis tornadas impossíveis na escolha). O museu de Fedora é, então, tal como os museus de todas as cidades, o lugar da nostalgia; mas não o lugar das escolhas irreversíveis, como os demais; antes o lugar da nostalgia de um futuro que nunca existirá, dos desejos perdidos por caprichos do destino.
Curiosamente, Marco Polo acaba por compreender (o que revela a Kublai Khan) que ambas as cidades - a real e a ideal - se sustentam: somos quer os desejos frustrados do passado, quer os desejos impossíveis do futuro. E algo entre, talvez.
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