Reflexões, notas, impressões, apontamentos, comentários, indicações, desabafos, interrogações, controvérsias, flatulências, curiosidades, citações, viagens, memórias, notícias, perdições, esboços, experimentações, pesquisas, excitações, silêncios.

terça-feira, 6 de março de 2007

1001 Livros

Através de Rui Bebiano chegou-me a notícia de que a versão portuguesa da obra 1001 Novels you must Read before you Die, de Peter Boxall, acabou de chegar às livrarias. O título é sugestivo. Desconheço o rol de obras seleccionadas, embora acredite na excelência do critério que o antecede. No entanto, a atitude de RB parece-me a mais sensata: ler sem programa. É fácil prever que obras deste tipo não suscitem em mim mais do que curiosidade estatística - quantas livros listados já li? - ou desperte a atenção para meia dúzia de livros desconhecidos ou de leitura adiada. Mas há sobretudo uma razão que afasta qualquer veleidade missionária. Uma razão, chamemos-lhe, borgeana: percebi que, às tantas, já não se trata tanto de ler quanto de reler. Como se todos os 1001 livros que, tivesse-os lido ou não, fossem simplesmente 1001 histórias acerca da mesma história. Construída com areia. E no centro, os 1001 sonhos de Xerazade. Precisamente.

2 comentários:

  1. A utilidade destas edições tanto pode ser a satisfação pela verificação de um "dever cumprido", pelo que já se leu, como a definição de um plano, a partir das pistas que são dadas, para o que ainda não se leu.

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  2. Bem visto. Afinal, para quê tantos livros?

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