Reflexões, notas, impressões, apontamentos, comentários, indicações, desabafos, interrogações, controvérsias, flatulências, curiosidades, citações, viagens, memórias, notícias, perdições, esboços, experimentações, pesquisas, excitações, silêncios.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

De que falamos quando falamos de amor

Recapitular, arrumar as bandeiras, separar o trigo do joio, é sem dúvida um utilíssimo exercício em favor da clareza. O que me proponho agora fazer é enumerar, de forma exemplificativa, de entre aqueles temas mais recorrentes, quais os que neste blogue se têm notabilizado num sentido e noutro.
  • Assim, de um lado, temos a defesa intransigente da possibilidade da IVG até às 10 semanas, da liberdade de expressão contra todas as tentativas de a restringir, da eutanásia, da reforma do Estado de modo a que fique menos pesado, da flexisegurança, da língua portuguesa, do investimento público nas actividades culturais, da renovação profunda da esquerda, da alteração da legislação laboral, da restrição à circulação automóvel dentro das cidades, da partilha e cópia de ficheiros na net e de bens culturais em geral sem quaisquer restrições, do aprofundamento real da democracia.
  • No segundo caso, estivemos e estaremos na linha da frente contra: os malefícios do politicamente correcto, o "eduquês", o relativismo filosófico, o arcaísmo do mundo sindical, os fundamentalismos venham eles de onde vierem, o casamento de pessoas do mesmo sexo, a tlebs, a eurodeputada Ana Gomes, a boçalidade em geral, o caciquismo, Margarida Rebelo Pinto, a nomenklatura do futebol nacional, o preço dos livros, as infinitas comissões e taxas praticadas pelos bancos, a Floribella, a esquerda tradicional, Clara Ferreira Alves, a prepotência dos juízes, Pinto da Costa, os iogurtes com sabor a morango, Alberto João jardim, a burocracia, o empobrecimento galopante do interior.
Já sei que os mais atentos vão dizer que a realidade não é a preto e branco. Pois não. É que as maiores subtilezas, porventura os maiores antagonismos, residem em tonalidades quasi-semelhantes da mesma côr. São elas o pano de fundo de qualquer opinião ou análise aqui veiculada.

2 comentários:

  1. Esqueceste-te de alguns temas de âmbito local que tens seguido com alguma persistência. Mas uma lista assim nunca é completa.

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  2. Tens razão. Mas como passo o dia boquiaberto a olhar para a babilónica ponte pedonal da Estação - mesmo ao lado do atoleiro do Polis - tal maravilha tem ofuscado qualquer veleidade crítica, de momento.

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