B: Olá.
A: olá. B: tudo bem? então andas por onde? A: a mandar uns emails. e tu? B: na oppidana. A: lx. Longe. B: de quê? Lol. A: de mim. B: mas tu não és o centro...o centro é onde estamos no momento. A: certo. B: Sou o João. E tu? A: Sofia. B: por momentos os impulsos eléctricos através das fibras ópticas cruzaram-se algures...lol. A: tens visão infra-óptica?
J B: numa próxima vida...A:
J parece-me q todas as mulheres estão em Lx e todos os homens fora desta cidade mirciana. B: todas as mulheres sempre estiveram em Lisboa, especialmente qd os barcos partiam...A: lol. B: sabes qual é a diferença entre 1 pessimista e 1 optimista? A: hoje sinto-me assim: como se um barco tivesse partido e eu tivesse ficado. Qual é a diferença? B: é k um pessimista sabe que 1 situação, por muito má que seja, ñ pode ser pior. um optimista sabe que pode...lol. A: ah! Percebo agora a diferença. Por isso os optimistas querem partir e os pessimistas ñ!
A: és hetero ou bi? B: vendo bem sou mais tri: primeiro a foto, depois o email e por fim o telefone. Lol A:
J B: e o que te traz por estas exóticas paragens? A: a sede pelo que vai na mente das pessoas. B: eu sei que ñ vais acreditar, se te disser que foi a melhor resposta que alguma vez recebi por aki, mas digo à mesma...:) A: mas é a + pura verdade. aki aprendi algumas coisas…B: então suponho que deves estar preparada para tudo, se é que ainda alguma coisa te poderá surpreender, o que, nos tempos k correm, é difícil. A: no princípio fiquei embasbacada, mas aos poucos fui aprendendo. B: olha, o k as pessoas aqui revelam é exactamente aquilo k são, com a cobertura do anonimato. ñ achas? A: algumas perdem-se e revelam mais, outras dizem o que lhes vai na alma e outras o que pensam e nunca dizem. B: sim. todas essas variantes são possíveis. E muitas mais. Afinal, quais são as tuas palavras?
J. A: as minhas são várias, conforme as respostas ou as perguntas. e quais são as tuas? B: já reparaste k aqui só existem palavras atrás de palavras. na época a imagem tomou conta de tudo, isso obriga as pessoas, pelo menos, a organizarem-se interiormente e trazer as suas palavras cá para fora, mesmo que só digam disparates...A: sim. Espera, conheço o teu nick! ñ tclm já, há muito tempo? B: a sério? não me recordo...A: eu recordo…o teu nick é diferente e também tivemos uma conversa diferente, falamos de palavras e também de sonhos…B: então vamos recomeçar o que ficou interrompido...A: sim. B: sabias que as palavras nasceram como metáforas. Quase toda a gente se esquece disso. P.ex., a palavra verso vem do latim versum, que os romanos usavam para a linha do sulco que o arado deixava na terra e depois recomeçar logo à frente...não é fascinante? A: sim é. B: e a tua sede tem sido recompensada? A: tem, mas também ficado desiludida. por x dá vontade de gritar com o q se diz. B: o pior é o que ñ se diz. Lol…Olha, estou a pensar escrever a 1ª cybernovela portuguesa, k terá como título "Nâo me chates" e como prato forte as conversas do irc. Se quiseres, em 2 linhas conto-te a história. no final vai buscar 1 lenço..lol. A: mas chorava de riso ou de tristeza?
J B: as 2 coisas…há um casal suburbano miseravelmente normal. 1 dia ela descobre os chats...e em seguida o seu príncipe virtual...acontece que ele, ao mesmo tempo, descobriu igualmente a sua ofélia cibernética...A: lolol. já estou a ver o fim! B: acontece que o príncipe era ele e a ofélia era ela, mas nem ele nem ela poderiam imaginar tal coisa...A: pois. até ao dia....fatídico. B: vai daí há uma série de diálogos virtuais entre ambos, 1 belo dia marcam um encontro e ela é atropelada. ele nunca soube a sua identidade verdadeira. depois há um amigo comum que sabia da situação e continua a estória, mas como um apêndice, pois o prato forte são mesmo as conversas...A: bolas, que volta deste à história…B:
estás a rir a ou a chorar? A: a rir. B: repara k isto até seria possível acontecer, mas mesmo k ñ fosse, as pessoas facilmente imaginam essa possibilidade...A: o engraçado é k já aconteceu. Imagina a mulher e marido estarem a tcl., ele sabendo quem era ela, mas ela não saber quem era ele. B: A sério?. A: Verdade. depois ele tenta saber como é ela, já q sabe q ela anda no mirc…B: em diálogos entre marido e mulher ninguém mete a colher, um excelente ditado pré - chats...lolol. A: o engraçado é q ele tentou uma aproximação mais ousada e levou por tabela quando chegou a casa…começou-se a falar de certas e de determinadas coisas,
o mirc veio a baila, ela falou como tinha decorrido o dia, com quem tinha tcl e… falou no dito cujo k tentou algo mais. Então olhou para a cara do marido viu-o morto de riso e percebeu tudo. B: um final feliz...resta saber se o marido ñ gostaria secretamente que ela tivesse sido + receptiva...lolol. Claro que isso se passou contigo, cerrrto? A: o k achas? B: então espero k também o tenhas atropelado na tua história. Lol. A: não nesta, mas noutra…ahahaha! B: tens que contar essa…
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