Anda por aí uma eminência parda na blogosfera que dá pelo nome de maradona. Hobbies preferidos: coleccionar fotografias de apolíneos futebolistas argentinos, mandar uns bitaites sobre tudo e sobre todos a uma velocidade estonteante, capaz de fazer corar o Prof. Marcelo, dizer uma coisa e o seu contrário num só parágrafo, fazer uso abundante do calão. Pelo que pude ler no seu blogue, não consegue disfarçar o seu alinhamento com aquilo a que chamo direita suburbana, pseudo-atlética e troglodita. A prova está num seu recente post, a propósito de declarações públicas do coreógrafo João Fiadeiro, onde este diz o que tenho vindo a defender desde sempre: «Será que é tão difícil de aceitar que a grande maioria dos agentes culturais que dependem de subsídios, só os pedem por acreditarem que os espectadores merecem ter acesso a um tipo de teatro, de dança ou de cinema que, sem esses subsídios, pura e simplesmente não existiriam? E sim, não existiriam porque não há público suficiente para este tipo de espectáculo. E qual é a surpresa? É claro que não há público! Ele tem de ser criado, estimulado, formado, e isso leva tempo e a responsabilidade está longe de ser só dos artistas.»
Ora, para maradona a cultura deveria funcionar segundo a lógica linear do mercado. Exemplifica: Um gajo faz um jornal, não tem leitores, fecha. Um gajo faz um par de sapatos, ninguém os compra, fecha. Um gajo abre um restaurante, ninguém almoça lá, fecha. Um gajo escreve um livro, nenhuma editora acha que pode fazer lucro com aquilo, o livro não se publica. Um gajo faz teatro, ou uma dança, ou uma música com violinos em vez de guitarra eléctrica, ninguém paga para assistir àquilo, então é preciso formar os públicos. Palavras para quê? Argumentar com esta gente já cansa. Remeto pois para o que aqui, aqui e aqui sobre o assunto já tive ocasião de expressar.
Mas o desportista de bancada confessa também que nunca tinha ouvido falar de João Fiadeiro. Para lhe poupar o trabalho de ir consultar o google, eis o seu currículo, senhor Maradona. Invejável, não é ? Todavia, imagino que para si le importa un rábano. Además, um rapazola qualquer das pampas que dá uns toques numa bola e ganha milhões é claramente mais importante. Por sinal, nunca o vi referir sequer os êxitos desportivos de Vanessa Fernandes. Se calhar, é porque a atleta não toca guitarra eléctrica.
Ora, para maradona a cultura deveria funcionar segundo a lógica linear do mercado. Exemplifica: Um gajo faz um jornal, não tem leitores, fecha. Um gajo faz um par de sapatos, ninguém os compra, fecha. Um gajo abre um restaurante, ninguém almoça lá, fecha. Um gajo escreve um livro, nenhuma editora acha que pode fazer lucro com aquilo, o livro não se publica. Um gajo faz teatro, ou uma dança, ou uma música com violinos em vez de guitarra eléctrica, ninguém paga para assistir àquilo, então é preciso formar os públicos. Palavras para quê? Argumentar com esta gente já cansa. Remeto pois para o que aqui, aqui e aqui sobre o assunto já tive ocasião de expressar.
Mas o desportista de bancada confessa também que nunca tinha ouvido falar de João Fiadeiro. Para lhe poupar o trabalho de ir consultar o google, eis o seu currículo, senhor Maradona. Invejável, não é ? Todavia, imagino que para si le importa un rábano. Además, um rapazola qualquer das pampas que dá uns toques numa bola e ganha milhões é claramente mais importante. Por sinal, nunca o vi referir sequer os êxitos desportivos de Vanessa Fernandes. Se calhar, é porque a atleta não toca guitarra eléctrica.
O homem é pavoroso: machista,reaccionário até dizer chega e de um narcisismo atroz. às vezes escreve umas coisas interessantes, mas o saldo é negativo.
ResponderEliminarnão conheço, mas vou ver.
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