Percorrendo a blogosfera, percebe-se que grande parte dos blogantes activos está de férias. Supõe-se que para destinos paradisíacos. A crédito ou a descoberto. Como pertenço à classe dos novos pobres e, como tal, indetectável pela publicidade, neste inenarrável mês de Agosto limito-me a dar umas escapadelas até uns concertos e festivais de verão, tomar uns banhos no Mondego, meter conversa com umas camones, evitar sítios com emigras, ir ver a exposição de arte sacra "Las Edades del Hombre", em Ciudad Rodrigo, rebolar no chão a rir depois de consultar o Diário da República II série na parte das nomeações, acabar de ler as "Cartas a Lucílio" do Séneca, acabar de escrever o guião para a peça de teatro, rever alguns amigos de outras odisseias que regressam à Itaca de montanha no Verão, ouvir a banda sonora do Paris Texas com possíveis lágrimas em anexo, fazer um percurso pedestre na Serra, talvez colocar aquele produto milagroso para couros na minha colecção de botas, mas sobretudo preparar calmamente a grande viagem ao Tibete, desejar ficar por lá e nunca mais voltar a esta merda. No entanto, sou um viajante nato. Quando parto penso sempre no regresso, mas nunca sei quando será. Será?
ó gil, deixa lá os gajos. quando vierem das praias com água azul turquesa em setembro, a ressaca há-de ser terrível. entretanto, tu continuas a respirar o melhor ar de Portugal.
ResponderEliminarestá visto. és mesmo um intelectual subdesenvolvido...
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