Em Novembro, a terra brilha por entre os sulcos. Até onde o sol chegou, surgiram os frutos, logo tombados, logo entregues às tulhas, às rodas e aos corredores escuros das máquinas, aos latejos da prensa hidráulica. Até onde o fruto chegou, eis o azeite, seu filho natural. Invade as cozinhas. Entra pelos almoços. Senta-se tranquilamente nos guarda-louças, entre os copos, as manteigueiras, os saleiros azuis, as especiarias. Tem luz própria, um calor incandescente, uma grandeza piedosa. É o astro da terra, estrela repetida e fecunda. Bate-nos à porta, com o seu aroma. Vamos! À mesa! Está na hora!
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