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domingo, 26 de fevereiro de 2006

MSUSYDE

Da minha sombra deserta
os olhos avançam,
inventam a inquieta
brancura do poema.

da tarde interminável
em que algo me recorda
começa a busca das palavras,
do sim ou do não,
não há diferença:

é lá que te procuro.

das sílabas cintilando
como um exército de pássaros
digo
um campo de centeio
numa tarde de infância,
faísca ondulante
ou tranquila agitação,
não há diferença:

é lá que te procuro.


in "Labirintos"

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