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sexta-feira, 25 de março de 2011

A cobrança



Percebe-se muito bem que são os contribuintes alemães que, em grande medida, estão a financiar a nossa dívida pública. E, ao que tudo indica, irão continuar a fazê-lo por longos anos. Na quinta-feira, Ângela Merckl, em pleno Bundestag, criticou com dureza o chumbo do PEC 4 na Assembleia da República. Ou seja, pôs em causa uma deliberação de um órgão de soberania de um outro Estado. É certo que questionou a oportunidade política daquela, mais do que a sua legitimidade. Mas o problema mantém-se: a chanceler alemã ultrapassou claramente as fronteiras da coexistência e do respeito mútuo entre sujeitos do direito internacional dotados de soberania. Condicionando os mecanismos do debate político de outro estado membro da União Europeia e menosprezando a vontade dos representantes do povo português. Perdeu-se a intangibilidade da nossa soberania. Fixem a data.

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