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sexta-feira, 4 de março de 2011

Galo do Entrudo, versão 2.011

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O Galo do Entrudo volta a ser julgado na Guarda a 7 de Março. A Culturguarda EM vai produzir para a Câmara Municipal da Guarda o Julgamento e Morte do Galo do Entrudo. Trata-se de um espectáculo comunitário e de expiação, baseado em tradições da região como o jogo do galo e o enterro do Entrudo. O Galo é julgado e queimado na praça pública sendo-lhe atribuídas as culpas de todos os males do ano que passou. Com a morte do culpado, a esperança é renovada. Estas são as premissas deste Julgamento no qual o réu é o bode expiatório, a defesa de nada serve e a sala de audiências é a Praça Velha.
À semelhança das anteriores edições, este é um espectáculo de características populares, baseado na tradição mas revestido de modernidade. Um ritual comunitário de forte adesão popular. Nesta edição estão envolvidas mais de 400 pessoas, entre colectividades da região, actores, músicos e animadores.
Tudo começa  às 21h30 com o tradicional desfile do Jardim José de Lemos até à Praça Velha, onde nesta edição haverá algumas novidades. No percurso até ao “tribunal”, o galo e os intervenientes do desfile vão ser interpelados. De algumas janelas e edifícios surgirão personagens e novas situações. No desfile, lado a lado com as colectividades, vão desfilar também grupos profissionais de animação dos quais se destacam a Companhia Visitants com o seu espectáculo pirotécnico inspirado no cultivo dos cereais; o Teatrapo com as percussões e as personagens mitológicas do “Bestiário”; a Companhia Kanbahiota com as suas acrobacias e dança aérea (na Praça Velha); a animação circense, o malabarismo e os números com fogo do Bang Circus; o Grupo do Sarrafo com os percussionistas do Pinhal Novo e ainda a Banda Filarmónica Sociedade de Instrução e Recreio de Paços da Serra (com o apoio da INATEL).
Chegados à Praça Velha é a vez do julgamento. Defesa e acusação vão esgrimir argumentos, mas nada disto valerá ao Galo cujo destino já está engendrado: culpado. A sentença dita que ele seja queimado, tendo antes direito a um último desejo. Trata-se de uma surpresa que todos os anos costuma deixar boquiaberto o público que assiste ao espectáculo e que a organização nunca revela antes!
O Julgamento e Morte do Galo do Entrudo tem concepção e coordenação geral de Américo Rodrigues, textos de António Godinho e Daniel Rocha, a concepção e construção do galo é de Agostinho da Silva, a música original da queima do galo do MC guardense B. Riddim e a cenografia é de José Neves e António Gomes.
No elenco, Fátima Freitas é a juíza de serviço no tribunal; Carlos Gil interpreta o general João de Almeida que é também o advogado de acusação; Sá Rodrigues será Manuel Vieira Matos, o advogado de defesa e a Voz do Galo será a de Américo Rodrigues.
José Pereira, Anabela Alexandre, Carlos Morgado, Anabela Chagas, Carla Morgado, Pedro Sousa, Elisabete Fernandes e Ronaldo Fonseca são os actores que complementam este elenco.
Sendo este um espectáculo comunitário, não poderiam faltar as colectividades, que uma vez mais responderam à chamada. Participam neste Julgamento e Morte do Galo do Entrudo de 2011 os seguintes grupos e colectividades da região: Grupo de Concertinas Estrelas da Serra, Associação Cultural, Social e Recreativa da Sequeira, Centro Cultural da Guarda, Grupo de Cantares de S. Miguel da Guarda “A Mensagem”, Grupo “Ontem, Hoje e Amanhã” de Maçainhas”, Grupo de Cantares da Arrifana – Associação Cultural, União de Jovens de Arrifana, Associação Desportiva, Recreativa e Cultural da Rapoula, Gambozinos e Peobardos – Grupo de Teatro da Vela, Raiz de Trinta – Associação Juvenil, Rancho Folclórico de Videmonte, Alunos de Artes da Escola Secundária da Sé, Associação de Jogos Tradicionais da Guarda, Clube de Montanhismo da Guarda, Aquilo Teatro e OfiCena (jovens do curso de teatro do TMG).

Fonte: Página oficial

Nota: mais tarde editarei aqui um texto da minha autoria sobre esta tradição, publicado no Boletim Municipal.

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