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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A tal aldeia


Há dias, no seu excelente programa "Ponto Contraponto" (SIC N), Pacheco Pereira apresentou uma insólita estatística sobre as redes sociais, pretendendo com isso vislumbrar uma "Luta de Classes" nesse universo. A ideia consistiu em que o Facebook é território dos mais jovens e desqualificados. Sendo o Twitter uma coutada dos mais velhos e que dele fazem uma utilização mais profissional. Palavra que não sei onde JPP foi buscar conclusão tão disparatada. É verdade que o Twitter, após o pico de popularidade em 2008 e 2009, já passou de moda. Hoje praticamente só é utilizado em circuitos jornalísticos e académicos. Funcionando essencialmente como um alimentador de feeds, em ambientes muito específicos. Em rigor, nem sequer deveria ser chamado de rede social. Este espaço está hoje, em grande medida, ocupado pelo Facebook, o verdadeiro blockbuster das social network. Se esta rede fosse um país, os seus cerca de 600 milhões de “habitantes” fariam dele um dos países mais povoados do mundo! No entanto, continua uma incógnita saber até que ponto esta desenfreada adesão às Redes Sociais não sofrerá do Síndrome da Bolha que afectou muitas startups tecnológicas em finais da década de 90. Talvez esta questão fosse mais interessante de abordar do que estatísticas obsoletas.

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