Reflexões, notas, impressões, apontamentos, comentários, indicações, desabafos, interrogações, controvérsias, flatulências, curiosidades, citações, viagens, memórias, notícias, perdições, esboços, experimentações, pesquisas, excitações, silêncios.

domingo, 12 de setembro de 2010

A choldra não passará

Alguns esquerdalhos enfezaditos, pseudo-cosmopolitas de primeira água, mas que não descortinam para além da vidinha viscosa e das palavras de ordem de encomenda, andam a despejar comentários pretensamente relevantes neste blogue. Para que conste. A rapaziada esforça-se, é justo lembrar. Chega a esguichar um repuxo opinativo inodoro e incolor, por instâncias mais apropriadamente manu militari. Sem a meia ejaculatória do regulamento. Dá pena esta escumalha, arregimentada ao serviço da situação xuxalista-magalhónica. Mamíferos com as orelhinhas baixas para o dono e arrebitadas para o que mexe. Gente que, por um prato de lentilhas, despeja a  escolaridade obrigatória em quem realmente pensa e age sem tutelas. Quem brilha. Quem conhece outras realidades. Quem é livre. Quem preza a pluralidade. Quem está apto para comparar. Esta carneirada mansa e arrogante, à imagem do chefe da licenciatura ao domingo, é a coisa mais destrutiva, ignorante e perigosa que a Nação já teve nas últimas décadas. Que não olha a meios para assegurar os lugares, manter as influências e policiar a dissonância. São os homens do fraque do regime. Claro que aqui não passam. Dói-lhes saber que o seu pretenso progressismo por aqui aparece como um boneco de palha. Dói-lhes perceber que a sua rebeldia de marca nada mais é do que um sinal de submissão. Porque o rebelde que não sabe rir de si próprio facilmente se transforma num autocrata, como bem avisou Lawrence Durrel. Seja como for, esses cidadãos nunca tiveram nem terão aqui lugar. A não ser como bobos da festa. Para isso, voltem sempre!!!

5 comentários:

  1. Dói-lhes,ai dói,dói.
    Nem como bobos.
    Podem aprender e começarem por colher uma flor no nosso jardim.
    Catrefada de bilontras.

    Nunca as mãos lhe doam.
    Um abraço,
    mário

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  2. Mas a verdade é que a censura continua, e não me parece que, por exemplo, o comentário sobre a proposta de alteração constitucional fosse ofensivo para alguém. Parece-me, isso sim, é que talvez transmitisse uma opinião diferente da sua.

    Cada um faz o que quer e, como tal, caso o autor deste blog entenda que só os comentários consonantes com a sua posição podem ser publicados, assim terá toda a legitimidade para o fazer. Sendo legítimo, traz ainda a vantagem de ficarmos a saber que tipo de pessoa é.

    Devo dizer, no entanto, que creio que o post presente não se destina a mim, já que como comunista e militante do PCP/CDU, todos os dias trabalho e luto duramente para que todos tenham melhores condições de vida, melhores condições de trabalho e uma situação mais justa, o que implica fazer um ataque cerrado e frontal às políticas do actual governo e do partido que alterna com ele. Não sou por isso "arregimentado ao serviço da situação xuxalista-magalhónica" ou "carneirada mansa e arrogante, à imagem do chefe da licenciatura ao domingo", e até aposto que, pela nossa região da Beira Interior, poucos farão mais contra esse estado de "encarneiramento", "mansidão" e incompetência do que eu e os meus camaradas e amigos.

    Espero sinceramente que não censure também este comentário.

    João Pedro Delgado

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  3. Caro Pedro Delgado:

    Dando seguimento à máxima iluminista de que vale a pena lutar só para que os que pensam de modo diferente o possam continuar a fazer, assim tem tem sido a política editorial deste blogue. O que não invalida que, ideológica e programaticamente, haja posições inconciliáveis. O que é o caso, pois situo-me bem longe do projecto político em que milita. A minha luta é pela liberdade, pela responsabilização individual e não pelo assistencialismo paternalista e por uma igualdade imposta de cima. No caso da legislação laboral, os seus correlegionários defendem o status quo, caracterizado pela rigidez que encoraja e cria desigualdade consoante o tipo de vínculo e pela manutenção das clientelas sindicais. Eu defendo a flexibilização como forma de crescimento e criação de emprego. Como vê, não há meio termo. Nem tem que haver. E sobre o assunto, I rest my case.

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  4. Ah ganda Gil! Não te falhe o verbo, caralho!

    abraço fraternal deste confrade,

    antónio borges (C:.K:.H com segundo grau a contar de cima)

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  5. Acontece que o meu post era sobretudo para os fósseis comunistas. Os quais atraídos pela luz, responderam à chamada. O único que se apresentou com um português legível e sem erros de gramática foi o eleito a que resolvi responder: Quer por economia narrativa, quer pela exemplaridade. Farewell, sucker...

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