As vendas dos livros de José Saramago aumentaram quase dez vezes nos dias seguintes à sua morte, segundo o Diário Económico. Só na Fnac, o aumento andou pelos 800%, lê-se mais à frente na notícia. Será que muitos suspiraram de alívio, sabendo que o ex director do DN não iria escrever mais nenhum livro e decidiram aventurar-se? Talvez. Porém, acredito mais que, muitos cidadãos tenham decidido abrir os cordões à bolsa e arrumar as obras completas do autor de "Objecto Quase" na estante de cerejeira da sala, também comprada há pouco no IKEA, entre os volumes do Paulo Coelho e os livrinhos de auto-ajuda do Osho. Pela minha parte, vou guardar a sete chaves o exemplar do "Levantado do Chão", (Caminho, 1980, 5ª edição). Por este andar, qualquer dia vai valer o seu peso em ouro num alfarrabista. Para já, continuará a fazer companhia aos restantes volumes da obra de ficção do nobelizado, até "Todos os Nomes". Altura em que decidi: "Já chega de Saramago! O homem já explicou ao que vinha. A partir de agora será mais do mesmo e sem o fulgor da novidade. Como é um defensor nato dos 'oprimidos' e gosta de ir para a tasca falar mal da 'padralhada', qualquer dia ganhará o Nobel." Dito e feito!...
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