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terça-feira, 20 de abril de 2010

Eyjafjallajokull

Antes

Depois

Será que este vulcão islandês, que projectou a sua cólera sobre o mundo desde 14 de Abril, poderia ter outro nome? Podia, mas não era tão cómico para um não indígena tentar pronunciá-lo. Será que poderia ter sido um bocadinho mais discreto? É claro que podia. Mas já que enveredamos pelas comparações, basta ficarmos pela maior catástrofe vulcânica de que há memória: o Krakatoa, em Agosto de 1883, numa ilhota indonésia entre Java e Sumatra, que a violência inimaginável da explosão praticamente fez desaparecer. A última erupção foi ouvida na Turquia e no Hawai e rebentou os tímpanos a quem se encontrava num redor de 15 Km. O manto de cinzas e poeira expelidas pelo colosso cobriram o globo durante cerca de ano e meio, provocando alterações climáticas e no ciclo solar. Os efeitos projectaram-se na própria arte, uma vez que, dizem os entendidos, o estranho céu do celebérrimo "Grito", de Munch, foi o mesmo que o artista pode observar nos céus da Noruega, um ano depois da erupção. O efeito do tsunami, com ondas de quase 40 metros, foi sentido inclusive no Canal da Mancha. Como vêm, mesmo num vulcão a discrição é relativa. Por último, não podia o Eyj...... ter uma sonoridade mais doce, mais apropriada a uma espécie de justiça divina, luminosa? Podia, sim senhor! E não seria tudo diferente, se agora falássemos do Vesúvio, do Etna, de Stromboli?... Espera aí!!!... Stromboli? Sim, a "terra di Dio", essa, filmada por Rosselini em 1949. E convenientemente habitada por um anjo, Ingrid Bergman... Ou seja, para bem da eternidade.

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