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terça-feira, 9 de março de 2010

O homem do aparelho

A corrida eleitoral no interior do PSD está ao rubro. Só espero que, ao longo da campanha, o debate politico-ideológico, e não simplesmente os casos da actualidade, seja o cerne do argumentário. Sobre Passos Coelho, já aqui tornei público por várias vezes o que penso acerca dele: um produto genuíno dos berçários partidários. Está mais firme do que nunca a minha convicção de que se trata de uma espécie de Sócrates laranja, só que aprumado como quem vai para um baile de finalistas do liceu. Recentemente, um amigo relativamente bem colocado na engrenagem daquele partido, relatou-me um episódio assaz curioso. Porventura à semelhança de outras organizações, existe no PSD uma figura carismática e privilegiada, no que toca ao seu modus operandi: a secretária das secções. É por ela que passa toda a informação relativa à actividade política, à logística, às finanças. É a secretária o elo incontornável, o filtro, o pilar silencioso, mas insubstituível. Por isso mesmo, desde sempre, à cautela, instalou-se a ideia de que, quem quer que ambicione a liderança ou um lugar de destaque nas estruturas do partido, não pode ignorar o verdadeiro poder paralelo das secretárias. Passos Coelho, ao que parece, foi mais longe. Ainda líder da JSD, contou-me o meu amigo, chegou a memorizar a lista das secretárias das secções mais importantes do partido, tratando-as pelo nome antes de iniciar qualquer expediente organizativo. Imagino mesmo que, no limite, teria uma agenda com o rol completo. Just in case!!!...

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