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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Mãos limpas (3)

Os próximos lances da tentativa de berlusconização (com meios públicos) da vida política em Portugal são fáceis de prever. Os lacaios da entourage socrática, que se podem encontrar nas redacções dos jornais e rádios amigos, nos blogues "ao serviço da Nação", tipo "Câmara Corporativa" e afins, vão reforçar o bombardeamento massivo da opinião pública, onde quer que ela se encontre. De modo a produzir uma utilíssima terra de ninguém. Terreno onde, como objectivo final, só os altifalantes da propaganda socrática se farão ouvir. Sócrates nasceu politicamente como um produto genuíno da propaganda e assim se há-de manter até ao final. Criar e fazer crescer um país irreal, à medida do seu delírio narcísico, é o seu objectivo principal. Daí a hiper-susceptibilidade às beliscaduras na sua imagem pessoal. Daí as pressões constantes na comunicação social. Depois de os seus métodos terem sido desmontados, adivinha-se o que aí vem: mais vitimização, cerrar fileiras no interior do PS e arredores, fazer passar a teoria da cabala invertida, reduzindo o escrutínio público sério e a investigação jornalística conclusiva a "manobras da oposição", tocar na tecla da "ilegalidade" das escutas, no facto de as decisões "soberanas" dos órgãos judiciais não se poderem nunca discutir nem avaliar, etc. A estratégia é clara: dividir o país entre o "nós" e os "outros". Um lance fatal, na actual conjuntura económica e financeira. Revelador de uma inépcia política e de uma ausência de sentido de Estado nunca vistas. Entretanto, vão caindo uns bodes expiatórios...

4 comentários:

  1. Foi assim que os Mãos Limpas em Celorico chegaram ao poder. Precisamente com as mãos limpas do arrigimentar do comprar do pagar quotas

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  2. A Guarda deve ser um caso de excelência invulgar no campo da crónica... Só assim se explica que nunca te tivessem convidado a participar na Rádio Altitude. Devem ser "ordens de cima"...

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  3. Caro anónimo das 23:00

    Embora agradecendo o cumprimento, sobre o assunto que fala já tive ocasião de me pronunciar neste blogue. A R.A. é um órgão de comunicação social privado. Por essa razão, é livre de convidar ou não quem muito bem entender como colaborador.

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  4. Deixa lá. Quando acabar o lambeconismo provinciano, há-de triunfar o mérito. Então escreverás onde quiseres...

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