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domingo, 10 de janeiro de 2010

Notícias do interior

Hoje de madrugada, atirei a posta no Facebook: "Aqui pela Guarda, esta noite vai descer mesmo aos -8º, se não for mais. Esta sensação única de andar na rua com a cara anestesiada, o nariz inexistente e as mãos roxas faz-me tornar mais solidário com os habitantes de Novossibirsk e o peixe congelado em alto mar." Mais tarde, li a prosa e pensei logo: "Olha, olha, o gajo a armar! Grande coisa! Isso é para meninos! Dás música, mas não alegras!"... Belo seria outro gesto mais afoito. Mais incendiário! Mas o quê? O quê? Claro que esta interrogação foi puramente retórica, pois os dados estavam lançados... Querem saber? Pois bem, praticar hoje um dos meus desportos radicais favoritos. Ou seja, percorrer a Guarda de noite quando coberta de neve. Mas não é uma neve qualquer. Tem que ser uma espécie de poeira gelada, que no chão parece chantilly iridescente. Que nunca chega a empapar. Rebelde à consistência, omnipresente. Que o vento espalha como poeira, mas que comprimida se transforma num gelo melífluo. Portanto, caros amigos, passarei agora aos conselhos úteis: roupa e calçado adequado, meia garrafa de "Bushmills" no papo, uma boa máquina fotográfica e um leitor de MP3 artilhado com Herdningarna à discrição. O "Hippjokk" e o "Karelia Visa" servem...Até depois...

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