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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Um frasquinho de memória

O livro chama-se "Os Bons Velhos Tempos da Prostituição em Portugal", (Antígona, 2006) de Alfredo Amorim Pessoa. Uma obra curiosa de que aqui dei notícia. No final (pág. 219), à laia de índice onomástico, vem elencado o léxico recolhido pelo autor e que no luso vernáculo designa o créme de la créme do tema. Deste modo, usando só os termos mais incomuns, para fornicar temos: afagar a palhinha, embutir, entamelar, chapar, dar uma espetadela, dar uma mocada, molhar o carocho, nicar, fazer tac-tac, penachar, pinar, lixar. Sinónimos de ir às putas: andar ao fanico, andar em manobras, andar às gatas, ir ao fado, ir a manos, ir para leste. Sinónimos de prostituta: cegonha, chantra, coirão, estardalho, fadista, faneca, franjosca, horizontal, lúmia, machorra, menesa, novata, ostra, pangaio, pataqueira, pépia, torga, tronga, vasvulho, vequeira, zoina. Outros termos: alcocheta, onze letras (alcoviteira), casa da tia, ilha dos amores, mangalaça, a da Joana (o mesmo que bordel), estar com avental de pau (expor-se à janela), sair a cavalo (contrair sífilis), frasco de memória (velha), iscada (puta com sífilis), marmita, mina, minestra (moça que é chulada), andarilho, pato (clente que paga bem), queijada (mesada que a puta dá ao chulo), gimbar (chular).

Publicado no jornal "O Interior"

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