Por vezes ouço o programa "Contraditório", na Antena 1. Trata-se de uma emissão em formato "debate", com comentadores residentes: Ana Sá Lopes, Carlos Magno e Luís Delgado. Recentemente, fui formando a convicção de que a rubrica já teve melhores dias. Na última emissão discutiu-se a saga taurina de Manuel Pinho, o debate parlamentar sobre o Estado da Nação e o relatório da SEDES, que aponta o estado da Justiça como o principal factor de descredibilização do regime. Pois acreditem que o fórum se saldou por uma mediocridade nunca vista. Os comentadores limitaram-se a debitar lugares-comuns, por vezes a descair para o engraçadismo, sem nunca ir à raiz dos problemas. Ana Sá Lopes, um dos maiores exemplos vivos do politicamente correcto, não descola do discurso da tia da Linha, indecisa entre ir ao psicanalista ou ir a uma reunião feminista. A vacuidade é atroz. Luís Delgado, mais um liberal saído na Farinha Maizena, tornou-se um apoiante de última hora de Sócrates. Tudo isto porque, sendo um santanista, não lhe interessam nem um bocadinhos os louros para Ferreira Leite. Lá vai dizendo umas coisinhas sobre politica internacional com algum interesse. O mais lúcido, apesar de tudo. Por último, aparece Carlos Magno. O homem está em estado de pré-senilidade. Repete-se, não deixa falar os outros. Permanentemente auto-centrado, não esconde um provincianismo que, no Porto, já só usa quem quer. O seu posicionamento político é uma nebulosa de bitaites. Onde o factor territorial, com o Porto no centro de tudo, comanda a vida, como na canção. Depois quer fazer passar um progressismo afinal conservador, muito "anos 60", do género "eu é que estive lá nos anos da brasa", etc. É o típico burguês do Norte, mas sem o brilho, a ilustração, ou aquele cepticismo epicurista que podemos encontrar nas crónicas de António Souza Homem. O que redunda, por vezes, num atavismo inaceitável. Recordo-me do momento em que Ana Sá Lopes relatava a importância que tiveram na AR as redes sociais online, mormente o Twitter, no episódio da demissão de Pinho, após a sua investida. Magno rebateu logo que isso (as redes) era politicamente correcto. Assim, sem mais nada. Em que planeta vive este homem? No conjunto, a argumentação de todos foi paupérrima. No caso da Justiça, limitaram-se a meia dúzia de banalidades, a uma comparação com o sistema judicial americano e se a pena imposta a Madoff tinha sido "correcta". Muito pouco, diga-se. Nunca lhes passou pela cabeça que o maior problema da Justiça se pode encontrar na crónica balcanização pelas várias classes que nela operam?
Pelo menos agora parece que é verdade:
ResponderEliminarwww.crespocarvalho.niet
passa a www.crespocarvalho.net
na Sexta, dia 10, às 17h00
E grande vai se o comício de apresentação dos candidatos à Câmara, à AM e às Juntas do concelho da Guarda no dia 11 às 19h30 no NERGA, com a presença de Manuela Ferreira Leite.
A GUARDA QUER
Avizinha-se um duplo período eleitoral, que se prevê bastante disputado. Quer a nível local ou nacional. Torna-se pois claro esclarecer o seguinte:
ResponderEliminar1º este blogue não está vinculado a qualquer lista ou candidatura aos actos eleitorais que se aproximam.
2º o que não coibirá o autor, naturalmente e como sempre aconteceu, de tomar posição face às propostas e desempenhos em jogo.
3º serão aceites comentários trazidos pelas várias estruturas políticas em campanha, desde que a mensagem se revele meramente informativa, ou referindo-se concretamente ao conteúdo de determinada postagem, no âmbito do direito de resposta.
O Senhor Carlos Magno é irritante qdo não se limita a comentar os fatos..começando sempre a falar de um assunto qualquer com "meu amigo" fulano de tal....que chatice...deveria estar a fazer uma coluna social. O Programa é ótimo mas quando este senhor começa a se promover a vontade é de desligar o rádio!
ResponderEliminarCertamente seus colegas conhecem e sentam-se a mesa com muitas pessoas tão ou mais importantes que as do convívio deste senhor e nem por isso ficam se gabando!
Será isso uma necessidade de alta afirmação? Há profissionais
que podem ajuda-lo.