Graças à produção do ano passado, a cargo da Culturguarda, a cerimónia do "Julgamento e morte do galo do entrudo" afirmou-se definitivamente como tradição e como espectáculo, como tal vivido pela Guarda e não só. Todavia, na qualidade do "espectador" que a participação tornou possível, gostaria de comentar em poucas palavras ao que anteontem assisti. Pois bem, o desfile que então encheu as ruas da cidade, embora cumprindo perfeitamente os objectivos pretendidos, esteve um pouco aquém do correspondente espectáculo do ano anterior. Repare-se que escrevi "desfile" propositadamente, pois o que se passou na Praça Velha esteve ao mesmo nível. E porquê? Menos intervenções, menos "espectáculo", menos envolvimento do público. Muita gente com quem falei não entendeu que a efígie do galo era isso mesmo. Por outro lado, embora sem o fogo de artifício do ano passado, a cerimónia na Praça Velha decorreu sem sobressaltos. No entanto, o texto cantado pelos advogados não foi perceptível para a maioria da audiência. E não foi, ao contrário do ano transacto, por razões técnicas. A convidada de honra, Odete Santos, esteve ao seu nível. Ou seja, há sempre um fundo antropológico interessante no discurso da "cassete". Portanto, tivemos a competência do costume manifestada pela estrutura do TMG, só que num espectáculo mais "humilde" e menos participado do que o anterior.
Sem comentários:
Enviar um comentário