Para encerrar os destaques da mais recente incursão a Londres, falta referir a Saatchi Gallery. Uma instituição já com créditos firmados e que acaba de reabrir junto a Slone Square, em Chelsea. Instalada no palácio do Duque de York, um magnífico espaço rodeado por uma extensa zona verde. A galeria exibe exclusivamente arte contemporânea. Sejam obras de artistas consagrados, quer emergentes. Apresentando-se como um espaço interactivo, mantém ainda uma carteira de artistas escolhidos on line, divulgando as suas obras, entre outras iniciativas. A seguir à Tate Modern, a Saatchi é provavelmente o grande centro de divulgação de arte contemporânea em Londres. Quando lá estive, pude disfrutar a notável e polémica exposição consagrada a um naipe de "novíssimos" artistas chineses, patente até Março. Mais informações, incluindo catálogo, disponíveis na página do site oficial, também em português. O panorama geral prima pelo arrojo, num espaço pensado, pela sua plasticidade e volume, para este tipo de exposições. Destaco as figuras estilizadas de Yue Minjun, o anjo caído de Cang Xin, a provocação política de Shi Xinning, as construções de Shen Shaomin, que utiliza mateiais pouco convencionais, e a a bizarra instalação de Sun Yuan e Peng Yu, "Old Person's Home", o momento iconográfico deste catálogo. Trata-se uma série de cadeiras para deficientes motores, "tripuladas" por figuras representando um conjunto de líderes políticos mundiais em estado de completa senilidade. As cadeiras vão-se movendo aleatoriamente, podendo chocar entre si. Todavia, não embatem nos visitantes que circulam no espaço, pois dispõe de sensores apropriados. Uma curta sequência da instalação poderá ser visionada aqui.
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