Há figuras cuja presença repetida nos media acaba por criar acerca de si uma imagem extremamente negativa. Se o brilhantismo ou a genialidade forem inequívocos, tudo se resume a ligar ou desligar. Gosta-se ou não, mas nunca se desconsidera a figura. Todavia, se esta se destaca pela converseta insípida, pelo discurso formatado e sem controvérsia, pela mediania mascarada de erudição postiça e mundividência de croquete, então está tudo estragado. Uma dessa figuras, porventura das mais representativas, é o escritor(?), editor, cronista, amante de charutos, apresentador, crítico, director da revista "Ler", blogger, Francisco José Viegas. O homem está em todas! Com aquele ar insuportável dos escritores não assumidamente medíocres. Passeia-pelos encontros literários (como o de Paraty, de que anda a falar há meses e não se cala) pelos salões com holofotes, pelas televisões, pelas páginas dos jornais... Continuamente deslumbrado com as mordomias de se sentir um dos happy few literatos do regime: inodoro, asséptico, avesso à polémica, de uma correcção política sem mácula, futuro comendador das letras & sabores, se o presidente Cavaco se lembrar dele no 10 de Junho.
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