Vão ser votadas na AR, no dia 10 de Outubro, as propostas do BE e dos Verdes no sentido da legalização dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. O assunto é escaldante. As associações do "sector" lá vão criando o ruído habitual contra a "discriminação". No PS, segundo tudo indica, não vai haver disciplina de voto, após o seu líder parlamentar ter rejeitado a hipótese do referendo sobre a matéria. A esquerda fracturante e a estalinista com rasgos libertários, vulgo PCP, agradecem o gesto. Em caso de consulta popular, o não seria inequívoco. Portanto, numa jogada tipicamente jacobina, essa esquerda quer fazer passar no Parlamento aquilo que naturalmente o país chumbaria, relativamente a um tema como este, eminentemente privado. Por outro lado, não se sabe qual será a indicação de voto no grupo parlamentar do PSD. Uma coisa é certa. Esta votação servirá exclusivamente para efeitos de agenda política dos proponentes. Isto é, enquanto marcação de terreno, fidelização do voto a curto prazo e tentativa de encostar o PS à direita. E depois da agitação passar, tudo ficará na mesma.
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