Sábado. Dia sem carros. Como vivo no centro, notam-se especialmente os efeitos da não circulação dos ditos cujos. O dia prometia. Talvez uma volta de bicicleta, se o pé esquerdo permitisse. Mas o melhor é não arriscar. Seguramente, uma volta a pé, disfrutando os encantos da Guarda até há cem anos atrás. Parece fácil, não é? Todavia, porém, eis que, eis senão quando, entretanto, contudo, no entanto, às 10 da manhã toca o telefone. "Está? Bom dia, sr. dr. Daqui fala do tribunal. Então hoje está de turno, não é?" Era. "Temos aqui um interrogatório com um ucraniano. Posse de armas e explosivos. Pode cá vir?" Podia, que remédio! " Dentro de meia hora estou aí!" E então foi assim. Passadas cinco horas e um arsenal caseiro, cá estou de novo, para os encantos de mais um sábado. Sem carros. E sem pessoas. Pois.
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