O PS decidiu fazer aprovar na AR uma proposta legislativa que põe fim ao voto por correspondência entre os emigrantes. A partir de agora, só é permitido o voto presencial nos consulados. Lembre-se que, ainda recentemente, encerraram as portas dezenas destas representações, um pouco por todo o mundo. E que, em muitas delas, os nacionais são tratados abaixo de cão, por burocratas em regime de sinecura política, cujo verdadeiro pedigree é o da incompetência. Como já tive ocasião de assistir. O Governo diz querer acabar com os sindicatos de voto e promover a transparência no processo eleitoral. Regista-se o esforço, embora a caricatura seja impossível de esconder: a nível interno, o PS é o partido onde há mais chapeladas, manipulações de representantes e sindicatos de voto de que há memória. Basta lembrar que um candidato à Federeção Distrital da Guarda conta entre os seus apoiantes dezenas de militantes recém inscritos e com morada comum: a Associação dos Doadores de Sangue... A campanha eleitoral já começou e o PS precisa deseperadamente de votos, pois sabe que, desta vez, não vai ser a feijões. Alterar administrativamente a vontade popular num círculo onde já não ganha desde 1999 é só mais um expediente anti-democrático, que só aos mais distraídos poderá surpreender.
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