Toro é uma pequena cidade situada entre Zamora e Tordesilhas, junto ao Douro, 30 km a montante da primeira. Tem uma zona histórica notável, compreendendo uma artéria central que é centro cívico, comercial e cultural e a magnífica Igreja românica da Colegiada de Santa Maria Maior. Das muralhas avista-se o rio, a ponte romana e a imensidão dos vinhedos que rodeia a cidade. Foi em Toro que, em 1476, teve lugar uma célebre batalha entre portugueses e castelhanos, por via das pretensões de D. Afonso V ao trono do país vizinho. Nela ficou imortalizado D. Duarte de Almeida, o Decepado. Conta-se que o bravo cavaleiro só largou o estandarte real, à sua guarda, quando o inimigo lhe cortou os dois braços. A imagem do herói, que constava do livro de História no ciclo preparatório, perseguiu-me ao longo de uma série de pesadelos na infância. Resta uma referência ao maior emblema de Toro: o vinho. Beneficiando de condições geo morfológicas ímpares, produz-se aqui um néctar referenciado já na época romana. O produto é certificado por via de uma denominação de origem e, ao que parece, a qualidade já ombreia com os da região de la Rioja. Pois bem, uma vez que o Museu do Vinho estava fechado, fiz acompanhar um pratinho com algumas variedades de pinchos com um copo de vinho novo. Era o teste que se impunha. A rendição foi total. De tal forma que corri à loja ao lado, onde adquiri algumas garrafas a preceito. No nosso país, só talvez nas feiras do vinho e em garrafeiras especializadas será possível encontrar esta preciosidade.
Igreja Colegiada Santa Maria Maior
Sem comentários:
Enviar um comentário