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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A esquerda bloqueada

Houve recentemente uma campanha da marca Tagus, entretanto cancelada, onde se associava o consumo daquela cerveja a uma espécie de pertença a uma suposta comunidade de machos, que assim reivindicam o seu "orgulho heterossexual". No meio de dois arrotos, claro, embora essa manifestação de júbilo esteja só subentendida. Tudo isto resumidinho dá no seguinte: como marketing é fraquinho. Como mensagem é indigente. Mas a resposta veio depois. As associações do "sector" gay, lésbico e tal saltaram à carga. Indignadas porque o "seu" orgulho já existia antes ("tá aqui, registadinho, querem ver, querem?"). Portanto, como são minorias "oprimidas", têm o direito natural a uma série de sentimentos grupais que as maiorias não podem ter. As quais têm que se resignar a andar caladinhas. De preferência com ar culpado, acabrunhado mesmo. O Francisco José Viegas já veio desmistificar esta saga politicamente correcta. Em resposta, o Daniel Oliveira apareceu a defender as ditas associações, indispensáveis para as causas fracturantes do seu partido. Ora, vamos lá ver. Sou dos que sempre acharam que é infinitamente mais importante aquilo que as pessoas metem na cabeça do que aquilo que metem no cú. Sejamos claros: não creio que, no nosso país, haja tanta homofobia assim, que justifique tantos "cry babies", tanta hiper-susceptibilidade, tanta vitimização, tanta seriedade. Ela existe, é claro, mas não tem a dimensão que dizem ter. E a lei penal já acautela as discriminações nessa matéria de forma inequívoca. (ler mais)

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