"Há sempre palavras a mais."
"Sempre me comoveu ver o desamparo em que as pessoas vivem. Acho que esta dimensão nunca foi suficientemente notada nos meus livros. Vivemos num certo desamparo, numa certa desprotecção."
"Já não minto. Já não componho o perfil. Estou aqui diante de vós, nu e desfigurado. Porque a nudez desfigura sempre. Agora, jogo com as cartas abertas. Agora, jogo póquer com as cartas viradas para cima. Agora, já não há nada escondido, está tudo à vista. E ou a mão ganha ou perde. Nos livros, também já não há truques."
"Mas é verdade que me sinto mais livre, sinto-me muito mais livre. Livre para escrever, livre para viver, livre para amar."
"Não penso em nada, é uma surpresa infinita."
"Agora, apenas sinto mais admiração por aquilo a que chamam pessoas comuns. Não existem pessoas comuns. Se temos a arte de fazer com que a alma do outro se abra, então, todas as pessoas são incomuns. Há uma riqueza extrema dentro de cada um de nós. É como nos livros. Ou sabemos tocar no mistério das coisas e, neste caso, o livro é bom. Ou não sabemos tocar no mistério das coisas e, pelo contrário, o livro é mau."
"Sempre me comoveu ver o desamparo em que as pessoas vivem. Acho que esta dimensão nunca foi suficientemente notada nos meus livros. Vivemos num certo desamparo, numa certa desprotecção."
"Já não minto. Já não componho o perfil. Estou aqui diante de vós, nu e desfigurado. Porque a nudez desfigura sempre. Agora, jogo com as cartas abertas. Agora, jogo póquer com as cartas viradas para cima. Agora, já não há nada escondido, está tudo à vista. E ou a mão ganha ou perde. Nos livros, também já não há truques."
"Mas é verdade que me sinto mais livre, sinto-me muito mais livre. Livre para escrever, livre para viver, livre para amar."
"Não penso em nada, é uma surpresa infinita."
"Agora, apenas sinto mais admiração por aquilo a que chamam pessoas comuns. Não existem pessoas comuns. Se temos a arte de fazer com que a alma do outro se abra, então, todas as pessoas são incomuns. Há uma riqueza extrema dentro de cada um de nós. É como nos livros. Ou sabemos tocar no mistério das coisas e, neste caso, o livro é bom. Ou não sabemos tocar no mistério das coisas e, pelo contrário, o livro é mau."
Lobo Antunes, entrevistado pela revista Visão
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ResponderEliminarO Lobo Antunes está cada vez mais lúcido...
ResponderEliminarEsperemos que este último livro dele seja melhor que os anteriores...
ResponderEliminarNão sei, pois desisti de ler os livros dele desde o "Fado Alexandrino". Mas há quem diga que Lobo Antunes é o melhor imitador de si próprio.
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